Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Se esta evolução da economia portuguesa é decepcionante, o facto de
ela ser semelhante à que se encontra nas economias europeias (União
Europeia a quinze) indica que já não é provável que o espaço económico
europeu possa ser um estímulo de recuperação e de convergência para a
economia portuguesa."
"in O Poder Do Mar E O Desenvolvimento Económico,
XI Simpósio de História Maritima, Dr. Joaquim Aguiar.
Mas Não devia ser assim. Está tudo praticamente está delineado desde que Ernâni Lopes estabeleceu a necessidade de se ter um motor na nossa economia, que fosse suficientemente duradouro, e ao mesmo capaz de nos colocar ao por muito tempo, na senda de um ciclo de desenvolvimento longo de forma sustentada, e simultaneamente servisse como agente mobilizador e agregador para o País.
Dizia ele sempre:
“O mar é o único domínio com carácter identitário … O mar não é só para tirar, extrair valor, é um elemento que nos define, que nos dá identidade.
Para Portugal a vocação Atlântica é o resultado do Carácter Identitário Do Mar.
Em termos históricos, a vocação atlântica está no Atlântico Médio (polígono: Portugal Continental, Madeira, Açores, Brasil, Angola, S. Tomé e Príncipe, Guiné e Cabo Verde): um espaço enorme que fala português.
A vocação atlântica nasce aqui… A nossa vocação atlântica, do ponto de vista geopolítico, é onde vamos clarificar o futuro de Portugal … Se o não fizermos, Portugal não tem papel”.[1]
Foi essa visão abrangente, que foi atualizando e burilando ao longo dos anos, e de que ia falando sempre que se proporcionava ensejo nos anos subsequentes, foram anos a trabalhar e insistir nisso[2].
Mas já em 1997 Portugal tinha ratificado a CNUDM[3] e em 1998 a Comissão Mundial Independente para os Oceanos, no âmbito da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), e aprova o relatório «O Oceano: nosso futuro[4]».
Comissão essa liderada por Portugal e presidida por Mário Soares, e também por proposta de Portugal essa comissão apresentada à Assembleia Geral das Nações Unidas a proposta de comemoração em 1998 de «O Ano Internacional dos Oceanos» nesse ano teve ainda lugar a Exposição Mundial de Lisboa (Expo 98) subordinada ao tema «O Oceano, um património para o futuro», e a criação do Programa Dinamizador das Ciências e Tecnologias do Mar, assim como a Comissão Oceanográfica Intersectorial, da Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental (CIDPC) cuja direção executiva foi cometida ao Diretor Geral do Instituto Hidrográfico, e posteriormente O XIII governo elabora o Livro Branco para a Politica Maritimo-Portuaria[5] em 1999 a cargo do Dr. João Cravinho. Em 2003, No XX governo foi criada a Comissão Estratégica dos Oceanos (CEO), sendo encarregue o Dr. Tiago Pita e Cunha da coordenação dessa comissão para elaborar um relatório conforme a resolução do Conselho de Ministros 81/2003 de 17 de Julho de 2003 a saber:
A 22 de Outubro de 2003 Ernâni Lopes apresentou o tema «O Mar no Futuro de Portugal – Uma Abordagem Estratégica»[6] Na conferência inaugural do simpósio especial da Academia Marinha subordinado a “O Mar No Futuro De Portugal”. E, a 10 de Março de 2004, apresentou, no Palácio da Bolsa, no Porto, o “Hypercluster Da Economia Do Mar”[7] Englobando a nossa ZEE e todos os sectores para o relançamento da nossa economia, pondo-os a funcionar em conjunto.
O Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos (CEO) intitulado «O Oceano, Um Desígnio Nacional Para O Século XXI»[8] Coordenada pelo Dr. Tiago Pitta e Cunha é apresentado a 15 de Março de 2004, e corrobora tudo o que já vinha a ser dito e recomendado pelos vários intervenientes anteriores e consubstancia os objetivos estipulados no Conselho de Ministros 81/2003, já aludido, recomendando os seguintes objetivos:
1º “Valorizar a Associação de Portugal ao Oceano Como Fator de Identidade”
2º “Assegurar o Conhecimento e a Proteção do Oceano 3º “Promover o Desenvolvimento Sustentado das Atividades Económicas 4º “Assumir Internacionalmente uma Posição de Destaque nos Assuntos do Mar 5º “Construir uma Estrutura Institucional Moderna na Gestão do Oceano
Salientando: … «O crescente papel dos Oceanos nas sociedades do futuro é absolutamente crítico para um país como Portugal.
Por esta razão, uma aposta nacional no Oceano fará tanto sentido e será tanto mais oportuna, quanto mais cedo for posta em prática.
Eleger os Oceanos, simultaneamente, como área de especialização e como fator de reforço de identidade é, pois, praticamente, um imperativo nacional.
Nenhum outro tema pode fazer de Portugal, com tanta naturalidade e com tanta eficácia, um país pertinente no quadro global, e no cenário europeu em particular.
É neste contexto que proclamamos claramente a Visão de que: ”Um Oceano, saudável, sustentável e seguro é o principal activo físico e sócio-cultural de Portugal”»
Assumindo como Missão: “Destacar Portugal como uma nação marítima da União Europeia”
E, Valorizar a Associação de Portugal ao Oceano como fator de Identidade, assegurando a Proteção e o Conhecimento do Oceano, e promovendo o Desenvolvimento Sustentado de Atividades Económicas assumindo uma Posição de Destaque e de Especialização em Assuntos do Oceano, construindo uma Estrutura Institucional Moderna de Gestão do Oceano estabelecendo os Princípios Enformadores de uma Estratégia Nacional para o Oceano[9] detalhando-se também em pormenor cada um dos componentes.
A sociedade civil, através da Associação Comercial de Lisboa reuniu um grupo de 80 empresas para começar a por em prática o Cluster do Mar, incumbindo do estudo a SaeR, gerida na altura pelo saudoso Prof. Ernâni Lopes, tendo resultado disso o completíssimo e detalhado trabalho sobre: “O Hypercluster[10] da Economia do Mar - Um domínio de potencial estratégico para o desenvolvimento da economia Portuguesa”[11] apresentado em 17 de Fevereiro de 2009 Logo ali foram apontada a necessidade de ser constituído os Planos de Ação e um Master Plan operativo detalhado para os seguintes clusters[12]:
| |
| |
| |
Nota: A SaeR ainda com Ernani Lopes irá mais tarde juntar as Cidades e o Turismo Geral a este agregado de Clusters | |
|
Todos os estudos e relatórios até então realizados, e nomeadamente o Relatório da Comissão dos Oceanos coordenada pelo Dr. Tiago Pita e Cunha (2004) apontavam no mesmo sentido do Hypercluster da Economia do Mar onde se diz:
“A visão estratégica a que tudo está subordinado é: tornar Portugal, na viragem do 1º. para o 2º. Q.XXI, num ator marítimo relevante, ao nível global. Para tanto, aquela visão comporta e desdobra-se em sete dimensões principais:
Esta ação veio a demonstrar-se, ser decisiva para o lançamento da Economia do Mar e da nossa ZEE alargada de forma integrada.
Estava então lançado em grande pormenor, o que devia ser:
Capaz de nos por num ciclo longo de desenvolvimento sustentado! Pareceria então, que achado finalmente o azimute e traçado o rumo, e estando os intervenientes todos de acordo, governo, empresas, e forças vivas da Sociedade Civil, que o caminho apontado em 2004, e detalhado em 2009, iria arrancar em força!
Mas não, o caminho têm sido tortuoso e cheio de escolhos, muito por perda de rumo causado, pela incompreensão de alguns, a que não tem faltado os elementos clássicos de ignorar e saltar passos dados já por outros, que não sejam dos queridos decisores políticos no governo do momento, só não se ignorando o que inevitavelmente seria por demais escandaloso ignorar, num comportamento que é geral e transversal a todos, incapazes de fazerem uma mera gestão participativa por objetivos, não obstante esta já ter sido explicada e ensinada por Peter Drucker no Management by Objectives, em 1954, no livro "The Practice of Management” ou a sua variante pós anos 90 Scorcard, ah! Mas assim não é moderno!...
Ou aplicam a usual desculpa de falta de dinheiro, e dizem que isso é com as empresas e a iniciativa privada, quando no tempo das vacas magras, embora gastem desbragadamente e no assessório descurando o essencial, no tempo das vacas gordas dos fundos estruturais.
Como se num País como Portugal, sempre com falta de meios na Sociedade Civil e nas PMEs privadas, algo se pudesse fazer sem o apoio do estado e sem este a dar o mote e puxar pela sociedade em geral e pelas empresas em particular, é assim desde sempre, não é de hoje nem de ontem, e remonta a tempos longínquos lá bem no fundo na nossa História, foi assim nos Descobrimentos, não será de outra maneira agora! Que não basta decretar “ide e multiplicai-vos, sede prósperos e dai-nos os impostos”, mais ainda agora que elas estão exauridas com estes anos de brasa que já vêm desde a entrada do euro, antes da crise de 2008, e agravada ainda mais neste últimos anos, desde a burocracia interminável, ao emaranhado legislativo e regulamentar, digno de um “Trivial Pursuit dos Horrores Administrativos”, muitas vezes antagónico e discricionário, quando não totalmente absurdo e sem sentido, o que aumenta a conflitualidade e a desistência pura e simples de investir por ser impossível ter meios financeiros para se esperar 5 a 10 anos para arrancar com um projeto, até à falta de linhas de financiamento e apoios financeiros, como capital semente ou de risco, num país em que as empresas sempre tiveram falta de capitais próprios.
Em 2005, durante o XXII governo este reviu a CIDPC criada em 1998, que deu lugar à Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), sendo os trabalhos coordenados pelo Dr. Manuel Pinto de Abreu, que veio a fazer um excelente trabalho no que lhe foi cometido para submissão da extensão da Plataforma Continental à Comissão da ONU, aguardando-se a sua aprovação sendo submetida essa extensão criada. Também em 2005 nesse mesmo ano, a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, foi instituída com a missão de elaborar a Estratégia Nacional para o Mar para o período de 2006 a 2016 (ENM 2006-2016), a qual foi aprovada em 2006.[13]
Em 2014 fez-se uma revisão, da Estratégia Nacional Para o Mar, que na realidade trata-se de uma nova estratégia, enxertada na anterior, para fazer face aos desenvolvimentos recentes da Politica Marítima Integrada (PMI) e a na exploração dos Oceanos, que não são explicitadas, e à necessidade de alinhamento da ENM com o horizonte da União Europeia. Sendo que o acerto de horizontes possa trazer benefícios na gestão de fundos comunitários suscetíveis de serem canalizados para o sector, verifica-se que se perderam alguns elementos que davam coesão e sentido ao todo da ENM anterior, quebrando-se os equilíbrios que uma estratégia de longo prazo tem que ter, faltando um plano de ação um uma matriz de avaliação, que corresponde ao trabalho da Comissão Interministerial Assuntos do Mar (CIAM) e da Direção Geral de Politicas do Mar (DGPM) que não se compreende como não seriam enquadráveis na ENM anterior, onde já estavam as 8 estratégias que são comuns a ambas, a saber:
“i) Sensibilização e mobilização da sociedade para a importância do mar; ii) promoção do ensino e divulgação nas escolas de atividades ligadas ao mar; iii) promoção de Portugal como um centro de excelência de investigação das ciências do mar da Europa; iv) planeamento e ordenamento espacial das atividades; v) proteção e recuperação dos ecossistemas marinhos; vi) fomentar a economia do mar; vii) apostar nas novas tecnologias aplicadas às atividades marítimas; viii) defesa nacional, segurança, vigilância e proteção dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional.” [14]
Desaparecendo no entanto, na Nova Proposta de ENM[15] as estratégias as seguintes: Conhecimento, O Planeamento e Ordenamento Espaciais, e a Promoção Ativa do dos Interesses Nacionais[16], O que não augura nada de bom!
Sendo que desde já o “ Crescimento Azul” da Comissão europeia se sobrepõe à estratégia nacional, dado que deveria ser o contrário já que Portugal têm interesses mais abrangentes nas políticas do Mar. Espera-se que comme d’habitude não se esteja à conta de um facilitismo para continuar a ser simpáticos bons alunos, a comprometer as gerações futuras. A visão para os Oceanos do Relatório da Comissão Mundial Independente para os Oceanos de 1998 é bem mais atual e completa, que atual visão deste ENM 2013-2020.
[1] AORN Palacio da Bolsa Porto.ano e link Mas tal, não era um impulso recente, já vinha desde os tempos em que foi Cadete no 7º CFORN em 1964 em que «à data da sua incorporação era Comandante da Escola Naval o então Comodoro António Morgado Belo e, pela primeira vez, numa perspetiva destacadamente inovadora, no âmbito das catividades culturais e com o propósito de completar a formação académica e técnica dos cadetes daquela Instituição, despertando-lhes o interesse por assuntos de maior atualidade, em 4 de Dezembro de 1964 o cadete da Reserva Naval Ernâni Rodrigues Lopes, proferiu uma palestra subordinada ao tema “Aspetos Gerais do Desenvolvimento Económico”» Na qual, o tema do desenvolvimento da economia usando o Mar é por ele pela primeira vez referido associado ao desenvolvimento económico.
Recordamos Ernâni Lopes muitas vezes, nos anos 60/70 em longas tertulias com o Almirante Morgado Belo, Com Ernãni Lopes a fazer uso da sua envolvente técnica oratória, quando se acabava sempre por chegar ao tema recorrente da História da Navegação dos Portugueses nos seculos XIV e XV, o favorito do Almirante, para puxar a conversa para a importância da Economia do Mar, um ponto a apoiar sempre no desenvolvimento Económico do País, para alem dos aspetos históricos, e nessas tarde de conversa se juntava muitas vezes o Comandante Vergílio de Carvalho, outro fortíssimo apologista do Mar como saída para a muito recorrente crise portuguesa, mesmo na altura!
[2] Tal como continuamente ao longo do tempo têm sido feito, entre outros pelo Almirante Leonel Cardoso, logo desde o Instituto de Defesa Nacional (IDN) 1977 com o «Novo Conceito de Direito do Mar A Zona Económica Exclusiva», e o Capitão de Mar e Guerra Vergílio de Carvalho, com a «Reflexões Sobre Politica de Defesa Nacional e Poder Militar» 1978 e o e fundamental «A Opção Europeia do Portugal Europeu» Mês 1984, a alertar já para o erro estratégico que ocorria com a desatenção que grassava na altura por todo o lado em relação ao Nosso Mar. Algo que é recorrente, tal como as crises, sempre que nos focamos exclusivamente noutros interesses, sem incluir nesses interesses O Mar.
[3] Ver texto do antigo Impulsionador da EPC Manuel Pinto de Abreu 2014 em: http://www.clusterdomar.com/index.php/temas/tema-central/71-moldando-o-futuro-do-mar-portugues-a-plataforma-continental-estendida
[6] Link da Comunicação http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/1362/1/NeD108_Ern%C3%A2niLopes.pdf
[7] Associação Antigos Oficiais da Reserva Naval
[8] Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos de 15 de Março de 2004.
Link: http://www.cienciaviva.pt/img/upload/Relat%C3%B3rioCEO.pdf
2004 e «Portugal e o Mar» Tiago Pitta e Cunha, edições FFMS, 2011
[9] Idem Relatório da Comissão dos Oceanos
[10] Hypercluster: Agregado de cluster’s que têm algo em comum por definição do Porter
[11] Link http://www.saer.pt/up/UPLOAD-bin2_imagem_0955656001242642284-657.pdf
[12] Idem 5 e Ernani Lopes e Outros in http://www.idn.gov.pt/publicacoes/nacaodefesa/textointegral/NeD108.pdf
[14]ENM 2006-2016; RCM 163/2006 de 12 de Dezembro
[15] http://www.dgpm.mam.gov.pt/Documents/ENM_Completo_Final.pdf
[16] Proposta 30 Medidas (Porto -Mar) e ENM 2013-2020 em discussão publica até 31 de Maio de 2014
Mas alguém liga alguma coisa aos técnicos que se têm nos ministérios!?
Desde que seja divergente da sua opinião, não valem nada!.
Mesmo que essa opinião seja normalmente assente em mitos, falácias, e dogmas ocos e bacocos, e estudos feitos nos gabinetes da moda sempre pagos a peso de ouro, e estranhamente sempre coincidentes com os sound bites do slogan do momento.
De facto desde a destruição dos gabinetes de planeamento estratégico, que existiam, e sempre existiram, juntos dos nossos Ministérios até começarem a ser desmantelados nos anos 86/89, porque alguém, que nunca se enganava e raramente tinha duvidas, e que estava farto das “forças de bloqueio”, levou à destruição das heterogêneas equipas multidisciplinares, que funcionavam como Tink Tank’s de apoio à decisão em cada ministério, até porque diziam, já não fazia sentido os “planos de fomento”, porque agora somos modernos e não é preciso isso! Já não se usa, é coisa do passado! Pois!
Depois foi o roda e bota fora, da troca dos teus pelos meus, e de seguida os estudos dos gabinetes pagos a peso de ouro, e incapazes de projectarem uma estratégia pensada, para a sustentabilidade do nosso futuro a médio e longo prazo, e muito mais permeáveis aos eternos lobbys, e muito, muito mais, promíscuos com o poder do momento, que lhes paga os estudos a realizar e os sustenta!
Isto enquanto se entrava para uma EU não homogénea em termos fiscais, assimétrica economicamente, sem um BCE plenipotenciário e independente, nem uma administração central nomeada a partir de um parlamento eleito equitativamente, (como nos EUA), sem uma língua comum, nem uma cultura comum, e com uma mobilidade de trabalho muito limitada, pelas leis e pela diversidade de idiomas, e pelas diferenças de formação para o mesmo nível escolar, tudo a caminho de uma moeda única já!
EU, essa, que SÓ a boa vontade e a visão idealista dos pais fundadores mantinha em marcha! Afastados eles, sem que os problemas acima apontados tenham ficado resolvidos, o projecto de EU vai-se desfazendo dolorosa e inexoravelmente!
Por cá a Academia nunca pode substituir esses gabinetes porque eles devem ter todos os sinais vindos das nossas representações, comerciais e diplomáticas, e os resumos mensais dos serviços de intelligence, e as informações do nosso tecido Económico Privado, Industrial, Comercial e de Serviços, a que as empresas privadas normalmente não têm acesso, a menos que se trate de Empresas Grandes, (para o nosso universo), e que possam pagar a consultores especializados, e ainda tenham um gabinete de estratégia interna que faça o cruzamento da informação vinda do mercado com a das consultoras especializadas, sem ser de forma Empírica e por “Actos de Fé”!
Todas as outras empresas privadas, ficam assim condenadas a serem guiadas ao sabor da corrente, e da intuição dos seus mentores, donos, sócios e accionistas, e de uma ou outra feira nacional e internacional, sempre sectorial, e uma mão cheia de seminários e revistas, o que sendo melhor que nada, é muito pouco, para ganharmos a batalha do progresso e do desenvolvimento sustentado em ciclo longo, num mundo em caminho para uma inexorável maior globalização!
E Tínhamos A Obrigação De Saber Isto, Pois Ela, A Grande Globalização, Até Foi Começada, Continuada, E Alargada Por NÓS!
JB
É falso que nos falte recursos próprios!
Todo o trabalho está feito desde:
Ernani Lopes, no relançamento da nossa economia. Com os planos para as Cidades Médias com a Cultura o Turismo Cultural e os Centros de Excelência, o Cluster do Mar e a nossa ZEE, a Reindustrialização, e o lançamento da Industria da Saúde de Excelência, aproveitando os excelentes profissionais que temos, e mesmo alguma estrutura excedentária, de forma complementarem à Industria Turística.
Por outro lado no Cluster do Mar é fundamental reactivar as Escolas de Marinha e Patrão de Costa e por as Pescas a funcionar outra vez, e a pesca moderna de alto com pesqueiros fábrica, a pesca de costa de forma sustentada e relançar as nossas frotas pesqueiras de mar alto usando inicialmente a nossa ZEE e os acordos com os PALOP.
Reconstruir a nossa Industria Ligeira Elétrica e Electónica e Mecânica, e um restrito grupo de Industria pesada da Industria Siderúrgica para metais e ligas finas ferrosas e não ferrosas e ferro maleável e de reciclados, em parceria com a nossa excelente indústria de moldes, reanimar a construção naval de médio e porte para navios especiais, a única que pode ter valor acrescentado, pesqueiros fábrica inclusive. Uma Industria de Meios de Transportes e Ferroviária nova, e é isso mesmo, de volta a uma nova Sorefame em moldes modernos. A Industria Química de Síntese Ligeira e Farmacêutica, e escolher bem na Industria pesada promovendo só a que acrescentam valor, e não é muito poluente, e alguma petroquímica transformadora para fibras e afins, etc. Por os portos a trabalhar, especialmente os de águas profundas, tanto mais agora com a abertura do renovado canal do Panamá. Sempre foi mais rápido e barato ligar ao resto da Europa via rota marítima do que terrestre, mas preparar a ligação ferroviária de mercadorias e pessoas ao centro da Europa como alternativa pela via Irum/Andaia. Dinamizar os aeroportos e aeródromos internos para que sirvam tal como em todo o lado, para além das ligações rápidas de pessoas, como via de escoamento de hortofrutícolas em fresco, é idiota que a Vitacresse tenha que ir a Faro de camião, despachar produto para a Europa, com Beja meio inactivo devido aos custos do landing, e falta de ligações ferroviárias de jeito.
Concluir a rede de barragens e a rede de eólicas que lhe deve ser adstrita, mas de forma contidas e sem gastos excessivos e luxos arquitectónicos, já que não se quer apostar na energia Nuclear com urânio não enriquecido, embora sejamos detentores das maiores reservas da Europa.
Explorar as reservas de Gás que se sabem existir na ZEE, tudo para que se possa ter uma energia a custos suficientemente baixos para ajudar a viabilizar esta renovação. O que será mais simples também anulando a carga de impostos com que se sobrecarrega a energia cá!
As nossas grandes reservas de agua potável subterrânea de excelente qualidade e muita dela com interesse geotermal
Ribeiro Teles, e a sustentabilidade da Nova Agricultura, virada para os hortícolas e a agro-indústria de frescos, e da horta-jardim para o auto abastecimento das populações e a exportação. Se for resolvido o problema de seguros agrícolas de colheitas, A Agricultura como sector primário pode ser florescente, no arroz não há problema pois até já somos exportadores, a maioria do trigo deve importa-se, e para o milho e outros e para forragens usa-se o regadio do Alqueva e os estuários dos rios abaixo do Douro, que foi para isso que foi previsto desde sempre, o resto é para agro-indústria de frescos, onde só há que por os terrenos do Oeste e do Ribatejo, e do Minho e Algarve a produzir como deve de ser, em hortofrutícolas e em estufa onde necessário, para aproveitar o nosso clima, em contra apanha, em relação aos mercados de exportação, e o litoral Alentejano e o Planalto Transmontano complementarão as restantes necessidades de exportação e abastecimento local, o terreno sobrante com menor capacidade hortofrutícola deve ser reservado para terreno de floresta tradicional, sem pinheiro nem eucalipto intensivo em terrenos de aptidão agrícola ou silvícola e floresta tradicional, e sobreiro, castanheiro, azinho, oliveira, frutícolas e produção produtos tradicionais DOP certificados. Na agropecuária a aposta será no gado de menor porte em pastorícia, excepto no Ribatejo alguma Zona Centro Trás-os-Montes e Açores para o gado maior e leiteiro como tradição!
Norberto Pires, e outros que o antecederam com a mesma visão empreendedora, como Carvalho Rodrigues e José Tribolet. Manter o esforço que havia nas Novas Tecnologias, as Nanotecnologias, e as Técnicobiologias, e nas tecnologias de ponta em todos os sectores, como estava a haver até 2010, até termos massa critica nestes sectores. Repor a nossa rede de laboratórios de ponta do estado, LNEC, INETII, Energia Nuclear, Física de Materiais U.L. ISQ, Agrícola e Tropical, Biologia Marítima, etc. e apoiar todos os laboratórios de Investigação e Ciência de Universidades e Institutos, a Todos os Nossos Novos e Velhos Cientistas de todos os centros de Excelência de Investigação Científica Pura e Aplicada.
Rocha Gomes, na recuperação dos nossos recursos Minerais Terrestres e da ZEE Porque entre recursos minerais Terrestres e na ZEE, é um mundo enorme para explorar, deste termos das melhores reservas europeias, a 2 maior reserva de cobre, a primeira de ferro, uma muito boa reserva de Urânio em excelente quantidade e qualidade, uma das maiores em Tungsténio, uma das maiores do mundo em Terras Raras para as novas tecnologias, umas importantes reservas de ouro, entre outras como as rochas ornamentais. Até às riquezas da ZEE, que vão desde os minerais às reservas energéticas principalmente gás. Devemos é usar tecnologias de ponta, que as há e bem baratas para fazer isso, e usar empresas obrigatoriamente nacionais e de capital maioritariamente nacional, nem que aqui se tenha que actuar através de um IPE Mineiro, mas muito bem controlado. Há ainda excelentes Engenheiros. de Minas formados pelos Institutos e Faculdades que ainda sabem da matéria como ninguém!
João Amaral, no como nos livrarmos do euro e recuperar o musculo de uma moeda nossa. Nem que para isso tenhamos de passar por uma moeda dupla, como já preconizado por Manuela Ferreira Leite e outros.
Há muita coisa a fazer e muito por onde nos tornarmos relevantes!
É necessário sair deste pântano "europeu" largar o euro se for necessário, e a fé messianica e salvifica na Europa, e voltar-nos para a nossa vocação de construtores de pontes aí pelos 5 Oceanos ligando gentes e continentes!
Por cá, bastava consumirmos preferencialmente Made In Portugal durante 5 anos, para recuperar os nossos Transaccionáveis e o nosso Sector Primário e Secundário! Depois mais 5 de consolidação e não mais a nossa balança de pagamentos seria deficitária! De seguida manter o consumo de produtos nacionais Sempre! Fabrica-se em Portugal compra-se, Não se Fabrica em Portugal Não se compra! Simples
Devemos Usar o fundamento teórico da uma nova gesta portuguesa de um Agostinho da Silva, José Adelino Maltez, Renato Epifânio, Miguel Real e Eduardo Lourenço, e Adriano Moreira, Garcia Leandro, Loureiro dos Santo e Pezarat Correia, aplicada com a sociologia de um Vitorino Soromenho Marques e de Boaventura Sousa Santos.
Isto para só falar nos principais e mais conhecidos, não esquecendo as análises de um José Gil, e José N. Rodrigues e Tessaleno Devezas!
Ao contrário dos que nos tem impingido é falso que não tenhamos recursos próprios! Temos recursos, nossos e suficientes!
Só não teremos recursos próprios se estiverem todos concessionados a pataco, aos amigos, nas empresas amigas, dos amigos, mas isso também é algo que se resolve revogando as concessões que tiverem sido feitas com a intenção de prejudicar o estado e consequentemente os Nossos Cidadãos!
Demonstra-se assim até à saciedade, como é a ausência de um plano minimamente pensado e detalhado QUE é necessário para focar o País em objectivos reais!
O que seria necessário era então um Plano Geoestratégico Nosso, que dê base de sustentação a um Plano Geopolítico Nosso, realmente pensado por Nós para Nós, e para nos defender da Geopolítica dos outros, e projectar o nosso desenvolvimento sustentado futuro.
Ambos os Planos de geometria variável e altamente adaptáveis, tal como o foram assim, no tempos de D. João I a D. João II, por forma a nos lançar em uma senda de desenvolvimento sustentado, com base nas nossas características como pessoas, a partir dos nossos recursos, e assentes numa matriz de Saber e Conhecimento e Inovação, e executados com gestão prudencial dos meios e recursos.
Lançados com a Diplomacia e a Pedagogia necessárias para serem mobilizadores das vontades dos cidadãos, e do bem comum, mas de forma apaixonada e activa, para acordem em Nós o espírito do Engenho e da Arte de Bem-fazer, e da Vontade de Superação, tão Nossa, tão Portuguesa!
Banindo desde já, os anos e anos de videirismo vazio ao sabor da moda do momento, e da burocracia em excesso, dos papelinhos e pareceres e das licenças e autorizações, sempre permeáveis à corrupção, e a morosidade da justiça, que se arrasta no tempo, minando a confiança de investidores nacionais e internacionais e dos cidadãos. Renovando a nossa democracia, com a maior participação individual dos Cidadãos, com a possibilidade da sua eleição uninominal, e a institucionalização da maior participação da Sociedade Civil, numa organização na linha das nossas tradições municipalistas!
Então sim!
Se nos quiserem na EU, será com este espírito e desta forma!
De outra maneira… Não merece a pena estarmos!
Está tudo feito, só falta a chispa no iniciador, que catalisadores já há nesta conjuntura! Por isso mão à obra!
É HORA!
Porque não?!!!
E Nós Vamos Estar à Espera De Quê?
É Hora!
JB
Quando rebentou a crise financeira de 2008 a Alemanha pela voz de Merkel, pede para os governos na EU para estimularem as economias e não deixar cair bancos em dificuldades, e apoia todo o endividamento feito a Sul, em grande medida para que objectivamente não faltassem compradores de carros à BMW, comboios à Siemens, submarinos à Thyssen, nem dos químico-farmacêuticos à Bayer etc.
Agora o resultado está à vista, ver gráfico, com as vendas da Industria em alta e com os seus bancos quase limpos dos activos tóxicos , vai recapitalizando-os pelas actuais transferências maciça de recursos financeiros provenientes da sangria das economias periféricas, quer das transferências de capitais quer das bonificações que consegue, chega a ter juros negativos, nos financiamentos que escolhe para si, e tornou-se a banca de refugio dos capitais Europeus em panico a Sul!
A Alemanha pela voz de Merkel, em pirueta moralista "vocês gastaram demais", impõe a austeridade aos ” despesistas do sul”, e parte à compra dos activos baratos desta zona.
Agora o BCE assobia para o lado e fecha os olhos à tentativa de confisco dos depósitos bancários, enquanto Jeroen Dijsselbloem vai dizendo "porque os depositantes são solidários com os bancos que vão necessitar de recuperar".
A Alemanha pela voz de Merkel vai discretamente apoiando!
Tenta evitar assim, investir a Sul na banca e de certo modo devolver os ganhos obtidos com a gigantesca operação interbancária que pôs em marcha.
Em Geoeconomia o que parece é! Expectável, quando mais ninguém pensa globalmente!
Geoestratégia disse Ela*!
Geopolítica faz Ela*!
E a Geoeconomia Dela*?
Á falta de melhor, ou de outra, aplica-se a Dela*!
MAS ISSO NÃO É SÓ CULPA DELA*!...
É TAMBÉM, E PRINCIPALMENTE DE QUEM DEIXA!
*Alemanha!
JB
Foto: Gráfico in Real-World Economics Review (link gentilmente indicado por João Azevedo, amigo no FB)
Nem tudo é a preto e branco e nisto da Europa muito menos!
A França e a Inglaterra, leia-se "Monami Mitterrrrand" e A Dama de Ferro, quiseram amarrar Kohl ao euro para controlar a unificação da Alemanha, " ou aceita o Euro ou não há unificação" Mitterrand dix it, encostado à parede, Kohl disse que sim, e nas suas muitas voltas o MaisQueTriste do Maastricht ficou com muitas pontas soltas, "esqueceram-se" de aperfeiçoar os mecanismos de igualdade fiscal, política e financeira da união. Por isso também para Além do ataque do Soros à Libra a Dama de Ferro foi contra a entrada da Inglaterra no Euro! Por isso os centros de estudos Geoestratégicos da Alemanha, desenharam os cenários possíveis. Sim que a Alemanha tem Centros de Estudos Geostratégicos ao contrário de nós, que os destruímos nos nossos Ministérios, no tempo do Cavaco Silva como PM, porque o senhorito não suportava ser contrariado, pois raramente tinha dúvidas e nunca se enganava, destruindo-os desmantelando-os, mesmo quando avisado da importância vital desses centros. Por cá estavam TODOS avisados a par e passo desde há muito para o posicionamento da Alemanha.
Na EU, todos estavam mais que avisados para a necessidade prioritária da Alemanha de obter a sua unificação, e retomar o ascendente comercial e industrial se a deixassem, os sinais eram fortíssimos.
Com a confirmação de que não se sabia muito bem o que se andava a fazer no resto da EU, o cenário mais seguro para a Alemanha é o da salvaguarda dos valores que a integração da Alemanha de Leste estava a impor na própria Alemanha, manter baixa a inflação, reduzir salários para manter o emprego e baixar a deslocalização industrial, e o comando espartano das finanças publicas e parcimónia nos investimentos sumptuários, para umas finanças agora em modo distributivo por um território próprio bem maior, e o posicionamento para tomar uma posição de liderança politica na EU, se tudo correr mal, ou se houver oportunidade, e é isso que se ainda faz de forma soft durante o consulado de Schroeder 1998-2005. Ao expandir unilateralmente as suas relações com a Rússia, sobretudo na área energética e de fornecimento de equipamento e máquinas, ao mesmo tempo que é a primeira entusiasta da incorporação dos ex. países de Leste na EU, alarga o seu mercado e influência política, embora a intervenção politica da Alemanha no desmantelamento da Jugoslávia tenha sido um pronuncio de um ensaio de tuteamento, que ocorreu terrivelmente mal, tão mal que deu guerra a quente, mas mesmo assim o apoio à "sua querida Croácia" e fechar de olhos às atrocidades da Servia nunca foi no terreno retirado, acontecesse o que acontecesse, como se viu,
a Alemanha ajustava a sua Geopolítica na sua salvaguarda, e a famosa Wirtshauftsraum contínuava em marcha!
Quando na EU tudo começa a correr mal depois de 2008, quando os mercados ignoram o esforço Europeu feito a pedido da Sr.ª Merkel, de injectar dinheiro na recuperação da economia Europeia, Merkel acaba por ganhar o espaço que lhe deixaram livre, espaço esse dado pela desorientação das politicas descoordenadas de Gordon e Sarkosy! Como ninguém fez nada, não coordena nada e tudo funciona como um bando de baratas tontas, Merkel vai limita-se a continuar a por o plano Geostratégico da Alemanha em marcha acelerada, para salvaguarda da Alemanha Unida, tomando a dianteira do comando Geopolítico da EU e impondo a vontade da sua Geoeconomia!
É nesse enquadramento que consegue importantes conquistas no tratado de Lisboa em 2009.
Tudo junto mais as actuais transferências maciça de recursos financeiros provenientes da sangria das economias periféricas, quer das transferências de capitais quer das bonificações que consegue (chega a ter juros negativos) nos financiamentos que escolhe, junto com a compra de activos a “privatizar” faz com que a Alemanha tenha hoje uma hegemonia económica e politica sobre vastas áreas da Europa
Se a Deixarem, a Alemanha, toma a famosa Wirtshauftsraum em uma forma delicada de implementar a velha Lebensraum!
Expectável, quando mais ninguém pensa globalmente! Geoestratégia disse Ela*! Geopolítica faz Ela*! E a Geoeconomia Dela*? Á falta de melhor, ou de outra, aplica-se a Dela*!
MAS ISSO NÃO É SÓ CULPA DELA*!... É TAMBÉM, E PRINCIPALMENTE DE QUEM DEIXA! *Alemanha!
JB
Apercebi-me pela primeira vez da estratégia Alemã quando assisti a uma conferência na Feira das Industrias de Dusseldorf em 1979.
Um conferencista alemão altamente cotado na Industria de automatismos e robótica, falou do milagre alemão, e no final da conferencia fez a liderança de um painel com as perspectivas de desenvolvimento industrial para a Alemanha e para a CEE, a interessante exposição apontava já e às claras para algo grandioso, e foi onde pela primeira vez ouvi o termo Wirtshauftsraum, sendo referido então de passagem, que era pena a Alemanha não estar unificada, pois seria muito mais rápido, e também que era desde já necessário preparar a Alemanha para a possível unificação da Europa!
Pelo empenho, e dinâmica do conferencista, via-se que era sério o propósito e pensado, e não uma mera fantasia futurista, ali dito às claras com a aquiescência do secretário para a indústria e comércio do chanceler Helmut Schmidt, que ia dizendo que sim com a cabeça.
A palavra Wirtschaftsraum, foi tantas vezes repetida no original, embora a conferencia fosse toda em inglês, que intrigado procurei-me esclarecer, mas a explicação durante anos não me pareceu coerente e era vaga, com a evolução do desenvolvimento industrial alemão e mais umas tantas feiras, estava claro o conceito de Wirtschauftsraum, mais ainda, as muitas referencias na Feira Internacional de Hannover, em 1983, à necessidade do rápido renascer do Camarelismo eram fortíssimas, e mais uma vez às claras!
Ficou para mim claro: A Alemanha preparava, estava a preparar há muito o seu renascimento, e preparava-se para ganhar por meios comerciais e industriais o que tinha perdido na guerra, só faltava a reunificação!
Para eles a Wirtschauftsraum era uma forma suave e delicada de implementar a velha Lebensraum.
Finalmente em 1990 cosegue a tão desejada reunificação! Por cá também ouve muita gente que viu, e até avisou publicamente em vários artigos da imprensa, mas o labéu era sempre o mesmo: Que exagerados! Não importa se eram cientistas reputados ou académicos, ou diplomatas, que exagerados!
E iam-se entretendo com as guerrinhas de alecrim e manjerona do costume, e olhando cuidadosamente para o seu umbigo!
Era o tempo do prato de lentilhas dos subsídios estruturais, para o CCB e o betão!
Por cá estava tudo avisado, e nem se podem esconder atrás do Relatório Porter!
Depois foi o que se viu e vê, e o que sabemos, sabemos não, que alguns preferem ainda ignorar, preferem fazer acreditar na má sorte ou… nas bruxas! Jens Widmann do Bundesbank fez já este ano uma campanha sub-reptícia para trazer de volta o Marco, se o euro tiver os dias contados. Mais uma vez Alemanha cuida do seu futuro!
Geopolitica faz ela!
JB
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.