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CincoLusosOceanos



Quarta-feira, 25.12.13

A Inteligence Económica dos Transacionáveis II

 

 

A Norma! Do Tomate Ao Chip! 
Sempre que se quer exportar  algo novo são meses e rios de dinheiro perdido....

 

Não há B2B, B2C e C2C, M2M que resista à cortina dos papelinhos, licenças, certificadozinhos, e normazinhas, "leiszinhas" e regulamentozinhos, tratadinhos, que no fundo não protegem nada cá dentro, nem protegem nada nem ninguém quando de fora para dentro!

 

Excepto  de dentro para fora, quando o Centro da UE quer! Caso em que  aí lá vem a ISO, mais a BRC, mais a IFF, mais o que se inventar no Caderno de Aquisição do dito "Concurso Internacional" sempre que um produto nosso possa ser concorrencial.

 

O que faz que por exemplo as algumas empresas exportadoras da Agro-Industria com capacidade económica, e músculo exportador, já nem considerem o mercado UE!

Porque mesmo já cumprindo todas as ISO’s, BRC’s, IFF’s, preferem enfrentar a FDA (USA) e os eus raids de Inspecção local no ponto de fabrico, e na Recepção nos EUA, e os seus equivalentes Nipónicos, Coreanos ou Australianos e Chineses, do que “aturar o compadrio”  no boicote das nossas exportações para a UE, mais as “suas rigorosas normas”... Que internamente nenhum deles cumpre cabalmente, mas que externamente exigem aos outros... Quando convêm!

 

Os nossos exportadores DEVEM cumprir as normas de qualidade, ISO’s e outras aplicáveis, as BRCs, IFFs, e afins, que possam projetar a nossa qualidade e a qualidade dos nossos produtos no exterior, até porque também servem de bandeira.

 

Mas basear a nossa capacidade exportadora para dentro da UE no estrito cumprimento das normas, sem a mesma reciprocidade na verificação “picuinhas” das nossas importações, como aquela a que somos submetidos quando exportadores… É utopia e ingenuidade!

 

Na generalidade dos produtos, essas normas são boas como bandeira para a exportação para quase todos os mercados, excepto precisamente a UE!

 

O tempo médio de obtenção de um certificado na UE é de… 6 meses para um produto comum numa nova apresentação, se for numa nova aplicação vai para 12, doze!… E, para um produto novo e inovador 24… É obra!

 

Por isso o nosso abandono da Norma Portuguesa (NP) como regra de referência autónoma,  para os nossos produtos,  e a não criação atempada de uma “BRCP” ou uma” IFFP” e, as suas equivalentes das áreas não alimentares e, a continua transcrição acrítica de todas as normas UE, muito precocemente para a NP, em que as exceções só confirma a regra,  não faz mais do que prejudicar a nossa industria, e mesmo até os nossos serviços.

 

Sem a ponderação necessária na defesa dos nossos legítimos interesses, tal só retira do mercado os nossos transacionáveis e estiola ainda mais as nossas empresas, e faz  com que as industrias se tenham “que se virar” só com o tempo de implementação da Norma, para se converterem à uma Norma que lhes  quase imposta, e sem luta!

 

Foi assim desde o calibre do tomate, ao calibre da maçã, ao azeite em uni dozes, até ao marisco e à sardinha, até houve uma caricata tentativa de normalização da “curvatura do pepino” … em que uma iluminaria  de um país da UE, protegidíssimo pela PAC, fazia propaganda de um sem numero de “estudos” com loas às virtudes do dito pepino, arranjando-lhe até mais virtudes vitamínicas que os pepinos com curva… para tentar impor os pepinos da sua produção nacional, tentando extinguir a exportação da periferia da EU para o centro, deste hortícola. De tão ridícula, não passou do estudo preliminar! Vá lá!

 

O centro da Europa parte sempre do tempo de implementação da mudança nas suas industriais, para estabelecer o estudo da Norma, e na discussão a que se segue na pré aceitação, e SÓ depois da maioria da industria já estar preparada e adaptada ao que aí virá, até porque o Lobby, da Fileira Centro Europeia Que Está A Fazer Nascer a Norma, tudo assim o fará, protegendo as suas industrias, e ganhando tempo mesmo assim, para aquelas que  ainda ficam por alterar, com o tempo de implementação da Nova Norma, que constitui a folga para as ultimas industrias se converterem, aí  será o mesmo tempo que nós, os não promotores da  Norma,iremos ter para nos converter  após a aceitação normativa , por isso por lá, só  não se converte quem não quer mesmo!

 

Conta-se pelos dedos de uma mão só, as vezes que Nós usamos por cá, o veto de pré-aceitação de uma Norma UE, Regulamento ou Tratado em projecto para implementação, protegendo as nossas empresas e o País! Por isso o futuro dos nossos Transaccionaveis está aí pelos 5 Oceanos, e não aqui perto, onde existe o mais descarado trust e o maior cartel! Por aqui perto estamos condenados a competir só em preço, porque mesmo se a qualidade for os standard ISO, BRC, IFF, só se o preço for muito baixo talvez então comprem… não sem antes fazer sentir, que até estão a ser simpáticos pois nem estão a ligar aquela alínea “picuinhas” do “Concurso Internacional”. E, por isso mesmo esperam a nossa boa vontade expressa em mais um descontozinho!

 

Tudo o que se disse aqui, se aplica aos outros sectores dos transaccionaveis!

 

É preciso acordar e ter capacidade e vontade para defender os nossos interesses com garra!

 

E não venham com o estafado argumento, de que tem que ser assim, porque a UE e ou Bruxelas assim o impõe, porque só impõe, porque não se faz por aqui o mesmo que os outros membros do Centro da Europa, nem muito menos serve o argumento que são eles dão o dinheiro e nós temos que obedecer senão não recebemos os fundos de modernização dos sectores, que isso não colhe, porque outros também recebam, e até receberam bem mais, e sabem se defender. A começar no caso Inglês em que tudo o que for acordado já não é bem assim internamente, pois antes que seja aprovado na UE as Normas, já eles tem uma British Standard ou uma BRC a subtilmente contrariar o acordado em algo dito secundário, mas... Que serve para fazer barreira à importação. Quem tenta exportar produtos Agro-industriais para as cadeias de Retalho ou venda directa ao público em Inglaterra sabem bem o que isso é!  Cada produto exportado por nós é uma saga! E, muitas vezes quando finalmente se consegue, já lá estão os produtos deles, que não existiam antes, a cobrir o mercado!

 

Mas não é preciso ir tão longe, logo aqui ao lado em Espanha passa-se o mesmo, quem tenta exportar para lá sabe bem como é e, mesmo na tecnologia de ponta é igual! Um exemplo recente nos controladores eletrónicos, que incorporava um Chip de tecnologia  sofisticada e única no mercado, para a Industria de máquinas, que cobre o controlo de quase tudo que gire desde a simples batedeira ao motor que roda as torres eólicas, ou as comportas das centrais nucleares, ou as palas de entrada do ar ventilador do carro,  aos microondas  também sabe como é e, neste caso até houve sucesso rápido!... Nem foi preciso mudar em nada a Qualidade, nem a Norma, foi muito mais “sofisticado”…  As dificuldades desapareceram instantaneamente… bastou mudar a empresa para lá!… Paradigmático!


Também aqui há necessidade imperiosa de reconstruir os gabinetes de planeamento estratégico (DPP), que existiam, e sempre existiram, juntos dos nossos Ministérios até começarem a ser desmantelados nos anos 86/89, recuperando as heterogéneas equipas de apoio à decisão em cada ministério, e que se são importantes em todos os ministérios, são vitais nos ministérios da Economia, Comercio & Industria,  Agricultura & Pescas, e Do Mar.

Talvez se existissem não tivesse acontecido o desastroso, para nós, e só para nós, Acordozinho de Pescs com Espanha em que os Espanhóis podem pescar ao fim de semana cá, quando é defeso para os Portugueses lá! 
E Os Responsáveis De Cá Dizem Sem Se Rirem: “Quando as embarcações portuguesas forem a Espanha não podem pescar ao fim de semana, quando as embarcações espanholas vierem a Portugal, naturalmente seguirão as nossas regras e poderão pescar. A questão é: em cada um dos espaços seguem-se as regras específicas desse espaço, para todos” Cristas dix it!

 

Escuda-se um PÉSSIMO acordo com uma "igualdade" formal, do cumprimento da lei em cada lado, esquecendo-se que o País que protegia o seu stock de pescas com a paragem ao fim de semana... é que não fica prejudicado!

 

Porque SE, os nossos barcos pescarem lá ao fim de semana não serviria de nada, Espanha tem os seus stocks de pescas locais esgotados!!

 

Mais um Acordezinho, Normazinha, Leizinha, Regulamentozinho, Tratadinho, para lixar-nos com muita formalidade... formal! Pois  por cá a Academia, ou as Associações Sectoriais, CIP, AIP, Associações Comerciais, etc. nunca podem substituir esses gabinetes, porque eles devem possuir todos os sinais vindos das nossas representações comerciais e diplomáticas, e os resumos dos serviços de Intelligence, (que servem de pré- alerta, muitas vezes com vários anos de antecedência em relação ao mercado) simultaneamente com as informações do nosso tecido Económico Privado Industrial, Comercial e de Serviços, informações essas a que as empresas privadas normalmente não têm acesso, por forma actuar pró-activamente, quer antes da colocação das Normas para aprovação, quer na criação activa de propostas de Norma, que tomando a iniciativa, possam   fazer  beneficiar as especificidades dos nossos produtos.

 

Como dizia o saudoso Eng. Nobre da Costa nestes casos, de leakage de processos e metodologias!

FAÇAM O FAVOR!!… Ponham-se rapidamente espertos, e defendam-se!”

E Tínhamos A Obrigação De Saber Isto, Porque Já O Fizemos! Pois Ela, A Grande Globalização, Até Foi Começada, Continuada, E, Alargada Por NÓS!
Jorge Bravo

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por cincolusosoceanos às 12:35

Quarta-feira, 25.12.13

A Intelligence Económica dos Transacionaveis I

 

 

Os Departamentos De Prospetiva e Planeamento

 

 Há necessidade imperiosa de reconstruir os gabinetes de planeamento estratégico (DPP), que existiam, e sempre existiram, juntos dos nossos Ministérios até começarem a ser desmantelados nos anos 86/89, recuperando as heterogéneas equipas multidisciplinares, que funcionavam como Tink Tank’s de apoio à... decisão em cada ministério, e que se são importantes em todos os ministérios, são vitais nos ministérios da Economia e Industria, que isto de designações para ministérios, era também bom que se acabasse com as mudanças de numero e designação só porque sim.

Por cá a Academia, ou as Associações Sectoriais, CIP, AIP, Associações Comerciais, Etc. nunca podem substituir esses gabinetes, porque eles devem possuir todos os sinais vindos das nossas representações comerciais e diplomáticas, e os resumos dos serviços de Intelligence, que servem de pré- alerta, muitas vezes com vários anos de antecedência em relação ao mercado, simultaneamente com as informações do nosso tecido Económico Privado Industrial, Comercial e de Serviços, informações essas a que as empresas privadas normalmente não têm acesso, a menos que se trate de Empresas Grandes, para o nosso universo,  que possam pagar a consultores especializados, e ainda mesmo assim possuam um gabinete de estratégia interna, que faça o cruzamento da informação vinda do mercado com a das consultoras especializadas.
Para que Todas As Outras, PME privadas, não fiquem condenadas a serem guiadas ao sabor da corrente, e da intuição dos seus mentores, donos, sócios e accionistas, e de uma ou outra feira nacional e internacional, sempre sectorial, e uma mão cheia de seminários e revistas, e algumas indicações do IAPMEI, bastas vezes bastante fora de tempo... comparadamente com o que seria a antecipação necessária, para a preparar a reacção a uma oportunidade potencial.
Tudo isto aliado à representação exterior, por associação em fileiras em todos os eventos, aqui sim coodenadas por um organismo tipo IAPMEI, alargando assim o conceito de fileira usual nas agro-industrias, às outras actividades, por forma a agregar as potencialidades de cada sector especifico, com o das empresas do subcontracto e de componentes de cada área.
Bem como se estabeleça finalmente, e por uma vez, Símbolos da Marca Portugal estáveis no tempo, reduzidos em numero, e cuja representação Iconográfica tenha algo de comum entre eles, para que fique na memória visual do importador e consumidor exterior.
Tudo isto em conjunto para que não se decida comme d´habitude, de forma Empírica e por “Actos de Fé”, num plano sem fio condutor, para alem do obvio exportar Uber Alles, que permita ter uma estratégia de geometria variável que vá ajustando de forma dinâmica os alvos a atingir em cada momento e aos objectivos a médio e longo prazo.
Sem se destruir o trabalho de uma CIP de uma AIP das Associações Comerciais e outras, que têm  e terão sempre muito valor.
O que existe, que é mesmo assim melhor que nada, é muito pouco, para ganharmos a batalha do progresso e do desenvolvimento sustentado, em ciclo longo, num mundo em caminho para uma inexorável maior globalização!
E Tínhamos A Obrigação De Saber Isto, Porque Já O Fizemos! Pois Ela, A Grande Globalização, Até Foi Começada, Continuada, E, Alargada Por NÓS!
J. Jorge Bravo

 

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por cincolusosoceanos às 12:25


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