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CincoLusosOceanos


Sexta-feira, 20.09.13

Europa e Euro: Quo Vadis?!

Em bom rigor, a União Europeia (UE) não tem um modelo de integração económica e política.

A Europa Unida Morreu em 7 Fevereiro de 1992 E Foi a Enterrar Em Chipre A 15 De Março de 2013! ... Já está a arder em fogo lento e a ser incinerada, só que faz que não sabe!
Talvez agora se acredite no que alguns, nos quais me incluo, andam a dizer desde  O tratado de Maastricht.

> O Projecto De Uma União Europeia Acabou Com Tão Famigerado "Tratado MaisQueTriste".

Depois de Maastricht começou a União EuroQualquerCoisa, fruto de sete pecados capitais:

1º Não haver uma verdadeira democracia participativa na “União”, com intervenção obrigatória de Todos os cidadãos, com consultas por referendo a cada passo. A União já se estava a fazer há muito, à conta de Voluntarismo Iluminado de Alguns Políticos, e bastava que a vontade e a bondade destes mudassem, para que tal caminho fosse dar em uma ditadura de interesses, como a actual.

2º Os “acordos” de “União” Monetária não são honestamente exequíveis, por não serem fiscal e financeiramente equitativos, e não visarem a igualdade fiscal logo de início entre países adjacentes, acrescido de que a moeda futura ser demasiado forte para a maioria dos países.

3º Os “acordos” de Agricultura, Pescas e Industria estarem desde sempre a serem “desenhados” para só beneficiarem alguns países.

4º Ao estabelecer a taxa de câmbio e delegar a política monetária no Banco Central Europeu eliminaram duas das formas básicas através das quais os governos nacionais podiam estimular as respectivas economias para evitar a recessão.   O que poderá substituí-las?   O laureado com o Nobel Robert Mundell apresentou as condições para que uma moeda única fosse viável. Na altura, a Europa não cumpria essas condições – e ainda hoje não as cumpre.

5º A eliminação dos obstáculos jurídicos à livre circulação de trabalhadores criou um mercado de trabalho único, mas... as diferenças linguísticas e culturais e a ausência de uma língua comum, aceite por todos, impossibilitam a mobilidade laboral ao estilo americano, bloqueando a mobilidade de mão de obra real.

6º O movimento de concentrações e de fusões e aquisições, estavam a avançar na Europa como solução mitológica para robustecer localmente as empresas,  em preparação para a para a moeda única... diziam!...
Assistia-se então já ao desastre que isso estava a provocar no tecido industrial dos países, com os fenómenos de hiperconcentração a raiar o monopólio absoluto em vários países adjacentes, com a sua corte de despedimentos e destruição de industrias locais, e massificação de monoprodutos, sem alma nem identidade local e regional, sempre beneficiando as grandes corporações, e mesmo dentro destas só beneficiando as mega corporações, e destruído os produtores locais e mesmo as pequenas multinacionais.
Isso e a reacção que se sentia ano após ano, em todas as feiras industriais, e que vinha em crescendo desde 76 na própria Alemanha, com a reactivação do seu Camarelismo e a sua famosa Wirtshauftsraum em velocidade acelerada ano após ano. Tudo isso e a recordação da história anterior ainda muito presente em todos do passado do centro da Europa, que não auspiciava nada de bom. para tudo isso João Ferreira Amaral alertou e foi escarnecido comme d’habitude, pelas sumidades cá do burgo.

7º A que acrescentou no nosso caso a inépcia dos nossos “políticos” que imbuídos do maior sentido de estado e do bem publico, passaram a aceitar um prato de lentilhas de subsídios para acabar com o tecido produtivo nacional primario e secundário, acabando com os transacionáveis! Apostando num mirifico sector terciário com o apoio da “Grande Visão, Grandes Estadistas” que nunca tinham duvidas e raramente se enganam!

--- Para tudo isso João Ferreira Amaral alertou e foi escarnecido comme d’habitude, pelas sumidades cá do burgo, disse-o antes de Maastricht, mais precisamente disse-o publicamente, um ano antes do MaisQueTriste a 7 de Fevereiro de 1997, numa conferencia no ISEG no inicio do ano lectivo de 96/97, a que assisti, tendo ainda antes disso dito o mesmo quando foi ouvido numa entrevista algures em 1992.

--- Ele e foi uma das opiniões fundamentais que me levou a confirmar o meu anterior eurocepticismo, que advinha muito do facto de estar na actividade dos bens transacionáveis, mais propriamente na industria exportadora, e desde 87 estar a sentir a devastação provocada pelas fusões e aquisições de empresas e industrias no centro da europa, e a constituição de monopólios de megacorporações e a sua cartelização de politicas e preços.
--- Isso e a reacção que se sentia ano após ano em todas as feiras industriais Europeias, e que já vinha em crescendo desde 76 com a Alemanha, a reactivar o seu Camarelismo e a sua famosa Wirtshauftsraum em velocidade acelarada, ano após ano, tudo isso e a recordação da história anterior e do passado do centro da Europa não auspiciava nada de bom, para tudo isso João Ferreira Amaral alertou e foi escarnecido comme d’habitude, pelas sumidades cá do burgo.

A Europa não conseguir fazer Nada do que era necessário, nem por cá se fez... então talvez seja preferível admitir o fracasso e continuar em frente, do que pagar um preço elevado em termos de desemprego e sofrimento humano, em nome de um modelo económico falido

JB

 

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por cincolusosoceanos às 19:33


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