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CincoLusosOceanos


Quinta-feira, 06.02.14

Pescas, Aquacultura e Industria de Pescado

 

É necessário por as Pescas  a funcionar outra vez, mas com pesca moderna de alto mar,  com pesqueiros fábrica, bem como uma pesca de costa bem dimensionada e de forma sustentada, não com o exclusivo da arte xavega, que têm tanto de bela como de perigosa, alargando as zonas de portos locais, que possam servir traineiras com dimensão economicamente viável para substituir com sustentabilidade  as populações de pescadores costeiros  de grande proximidade que actualmente ocupam estas embarcações da arte xavega, e deixando as saídas desta arte para a animação naval-turística das zonas, quando há bom tempo e só para a tradição não morrer, e investir no recife artificial protegido, para a constituição de zonas de criação livre e natural das espécies.

Por outro lado a aquacultura em mar aberto, tem que ser feita para alem dos bivalves, mas já que este nosso Mar têm grandes fundos e é alteroso, o que dificulta o cuidar dos peixes e a sua alimentação, durante o mau tempo com os sistemas que existem neste momento, mas

 

 por isso mesmo, por ser um bom mar batido, onde se pode produzir peixe de melhor qualidade e de maior valor acrescentado, seria necessário  para isso mobilizar a R&D nacional dos nossos Institutos, Faculdades e Laboratórios, para conseguir uma solução eficiente e engenhosa para a nossa costa, tal como outros já o conseguiram nos geradores eólicos em offshore, com as plataformas flutuantes, e que agora já permitem o uso da eólica no dip offshore, com algum trabalho de R&D se conseguirá uma solução boa nesta matéria também.

Quanto ao cultivo de algas para fins alimentares, e aplicações para a industria de cosmética e farmacêutica, esta actividade tem que ser iniciada com urgência, já que tal como a piscicultura de mar é de alto valor acrescentado, e potencia a fixação das espécies de peixes moluscos e bivalves de forma rápida e eficiente em conjugação com os recifes artificiais, aqui também não devemos ser só recolectores depredando o património do nosso Mar.

Devemos relançar as nossas frotas pesqueiras de mar alto, usando inicialmente a nossa ZEE e os acordos com os PALOP, e os países Nórdicos e Canadá, e alargando depois a outros locais onde não haja agora acordos, despachando logo do mar o peixe pescado directamente da frota de pesca local para os barcos fábrica, que se mantêm operar por longo tempo perto das zonas dos pesqueiros, o que permite uma maior rentabilidade e maior frescura no produto final.

Também aqui atendendo a que o “gigante Europeu das pescas” do nosso vizinho de Espanha, está dando mostras de ter alguns problemas de gestão financeira, com as suas principais empresas de pescas a ficarem insolventes, será bom que se acorde, e se façam empresas com dimensão, com apoios públicos de bancos de fomento, ou outro tipo de parcerias do género, que permitam contornar a restritiva legislação comunitária, tal como nos outros países o fazer todos os dias, senão outros irão ocupar o lugar de Espanha e por extensão o nosso lugar.

Também aqui na política de pescas há que existir capacidade negocial forte, tal como em muitos outros assuntos também:
"Não sejamos como crianças levadas pelas ondas e artimanhas dos falsos" comme d’habitude.

Que nisso é paradigmático que se tenha assinado um acordo de pescas com Espanha em que os Espanhóis podem pescar ao fim de semana cá, quando é defeso cá para os Portugueses!

Afirmando-se com o ar mais cândido que:

 “Quando as embarcações portuguesas forem a Espanha não podem pescar ao fim de semana, quando as embarcações espanholas vierem a Portugal, naturalmente seguirão as nossas regras e poderão pescar. A questão é: em cada um dos espaços seguem-se as regras específicas desse espaço, para todos”

Ministra da Agricultura e do Mar dix it!

Escuda-se um mau acordo com uma "igualdade" formal do cumprimento da lei em cada lado, esquecendo-se que o país que protegia o seu stock de pescas com a paragem ao fim de semana somos nós, e é o único que fica prejudicado, até porque se os nossos barcos tivessem licença para pescarem ao fim de semana… não servia de nada, a Espanha tem os seus stocks de pescas locais esgotados há muito!

Neste ponto como em tantos outros, acordos de cotas e frota com a EU, e a começar logo pelo inicio do desmantelamento da nossa frota de pesca, logo na adesão, mais valia não se ter feito acordo!

Temos que saber fazer como todos fazem: Defendermo-nos primeiro!

Se não nos defender-mos, ninguém nos defende!

Por outro lado é fundamental voltar a reactivar as Escolas de Marinha e Patrão de Costa, e dar continuidade à excelência dos nossos Pilotos e Comandantes, segundo a nossa tradição e os nossos pergaminhos históricos! [1] 

“Não temos de fiarmos de outras potências mas sim de nós próprios”

[1] Artigo da Escola Náutica blog

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por cincolusosoceanos às 15:58


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