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"Portugal foi o país da Europa onde a despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) mais cresceu entre 2005 e 2007, subindo três posições para se tornar no décimo quinto país da União Europeia que mais investe.
Segundo o gabinete de estatísticas europeu Eurostat, a despesa de Portugal cresceu cerca de 46 por cento quando medida em percentagem do PIB (produto interno bruto), muito acima da média europeia, que apenas cresceu um por cento neste período.
O investimento em Investigação e Desenvolvimento passa a representar globalmente 1,2 por cento do Produto Interno Bruto nacional, atingindo assim os níveis de Espanha (1,2 por cento), aproximando-se dos da Irlanda (1,3 por cento) e superando a Itália (1,1 por cento)." in Publico
Há muito que fazer e por onde nos tornarmos relevantes é preciso É Manter o esforço que havia nas Novas Tecnologias, nas Nanotecnologias, e as Técnico-biologias, e nas Tecnologias de Ponta em todos os sectores, da Investigação Cientifica à Ciência Aplicada como se estava a haver até 2010, até termos massa critica nestes sectores e eles poderem andar por si.
Com o mesmo empenho e determinação e a visão empreendedora de um Eng.º Edgar Cardoso nas técnicas de pontes ou dos Arquitectos Siza Vieira ou Souto Moura ou Gonçalo Byrne ou do Eng.º Carvalho Rodrigues e seu Satélite, ou do Eng.º José Tribolet e as TI'S e o INESC , ou da Prof.ª Elvira Fortunato e o seu transístor de papel, ou do Eng.º Norberto Pires, na Robótica e Automação, ou o Eng.º Paulo Flores na Mecanica Aplicada e Compotacional, ou do Engº João M Tavares nas Biotecnologias, ou da Prof.ª Maria do Carmo no genoma, ou da Dr.ª Mónica Bettencourt na regulação do ciclo celular, ou da Dr.ª Maria Gomes na biologia Celular bacteriana, ou a Dr.ª Maria M Mota e Dr.º Miguel Prudêncio no paludismo ou o Dr. Eduardo Barroso e na sua técnica de transplante de fígado, ou na nova técnica de mapeamento cerebral do Dr. António Dourado e Dr. Bruno Direito e o IBILI e Dr. Francisco Sales e a FCTUC, e o CHCH com o CHPL e o UC London, fundamental no tratamento cirúrgico dos epilépticos em casos em que este esteja indicado no tratamento da epilepsia refractária aos medicamentos, e outros que os antecederam com a mesma visão empreendedora como na Neurologia e Hagiografia do Prof. Egas Moniz, e Prof. Pires de Lima e suas técnicas de visualização hagiográfica arterial e venosa, ou nos instrumentos e técnicas operatórias do Prof. Celestino da Costa, ainda hoje usadas cá e lá fora em cirurgia vascular, ou nas actuais investigações e descobertas em Neurociências do Prof. Manuel Damásio, entre muitos outros menos conhecidos mas não menos relevantes.
É imperioso repor em funcionamento a nossa rede de laboratórios de ponta do estado, LNEC, INETII, Energia Nuclear, Física de Materiais U.L, Agrícola e Tropical, Biologia Marítima, etc. e apoiar todos os laboratórios de Investigação e Ciência de Universidades e Institutos, pondo-os a trabalhar em rede com os Laboratórios das Universidades e Privados e Todos os Nossos Novos e Velhos Cientistas de todos os centros de Excelência de Investigação Científica Pura e Aplicada, por forma a criar sinergias potenciadoras do nosso bom capital intelectual e cientifico.
Mas para isso é necessário que se tenha consciência do trabalho que se realiza, do já realizado e do muito que há a fazer, sem esquecer que nestas áreas, é necessário verbas para vidros de laboratório que se partem e novos, para reagentes e químicos, para materiais diversos, para os quais é absurdo lançar concursos de aquisição que demoram a ser satisfeitos na melhor das hipóteses em 3 meses quando muitas vezes as necessidades numa investigação a decorrer é que... é preciso esses materiais amanhã, fazendo parar tudo com o maior prejuízo dos custos associados.
O que faz com isso é exactamente o contrário do que se pretendia, que era poupar, e provoca muitas vezes a não ablitação às fazes seguintes de investigação internacional, que são muito bem financiadas, e que têm timings para serem cumpridos.
É absurdo que por exemplo nos laboratórios do estado, mesmo naqueles que teriam por missão apoiar a nossa industria, falte reagentes para os equipamentos que possuem, pelo mesmo motivo anterior, sendo que aqui como prestadores de serviços é de todo impossível adivinhar que materiais e reagentes vão ser usados em cada momento, acaba-se por deixar a industria a secar por um resultado que deveria vir em tempo útil, para um projecto que se tem em marcha, obrigando ás mais absurdas situações, como a industria cliente ir comprar os materiais e os reagentes, e entregar ao laboratório para fazer o referido ensaio!
Depois diz-se que a industria não usa os Laboratórios Nacionais de Referencia!
Este desperdício de meios humanos, equipamentos e espaço, só existe cá pela tacanhez do sistema!
A transição do R&D realizado para a industria é lenta também por culpa do moroso e caríssimo sistema de registo de patentes nacional, que depois de não sei quantas remodelações e não sei quantas informatizações, funciona com a mesma genica e celeridade de sempre, dando uma resposta lenta e ineficaz para quem precisa de por um produto no mercado rapidamente.
Logo mesmo aqui ao lado em Espanha nada é assim!
Como não o é no resto da Europa, ou nos EUA, Japão e Coreia e Brasil e Índia, que têm uma resposta, e têm sempre reagentes para os equipamentos que possuem, e as patentes é em tempo útil e acessível em custos, muito pelo escalonamento dos custos ser gradativo segundo a complexidade da patente a obter.
Também Não basta fazer parte do CERN ou ao ESA ou ao ITER e ao F4E, e ter lá a bandeira à porta, é necessário atribuir dotações suficientes nestes programas, não só porque constituem um testa de ponte que dá acesso ao melhor que se faz em ciência no mundo, como tambem por poderem como já o fizeram pontualmente antes, criar sinergias com a nossa industria de excelência, desde a electrónica e sistemas, às peças de precisão.
Foi apoiando-se nestes laboratórios que a Itália saiu do marasmo cientifico e industrial em que se encontava à pouco tempo.
Claro para isso é presiso acabar com a mentalidade de amanuense de má consciência, na implantação de tão absurda situação de penuria na Ciencia e R&D por cá, no que ajudaria muito que os detentores dos poderes instituídos, tivessem feito alguma coisa de jeito que se visse na vida, para alem de militarem nas juventudes partidárias, e "botarem faladura" no prime time das TV's, e terem ligações directas ou indirectas a uma empresa qualquer, que só serve para ganhar os fundos europeus disponiveis.
E não venham dizer que não há dinheiro, que com tudo a quilo que esbanjam e estragam no funcionamento das instituições, como é publico, tal argumento não colhe.
Claro isto não ajuda nada ao rápido desenvolvimento do País, e quase que anula os esforços dos nossos Engenheiros e Cientistas comme d'habitude.
JB
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